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sexta-feira, 22 de maio de 2009

Caiçara, o lugar !

Quando cheguei à centenária caiçara, futura área pastoral da diocese de sobral, posso dizer que a minha recepção e percepção não foi a de indiferença e desconcerto, comparável a do histórico personagem Robson Crusoé , quando zarpou em sua estranha ilha. Para falar a verdade, e pela euforia dos caiçarenses, o momento poderia ser comparado à posse de Barak Obama, o primeiro negro a ser presidente dos estados unidos da América, em 20 de janeiro deste ano. É claro que isto são Elogios à parte! O distrito de Caiçara é um desses lugares nas quais se vai e dificilmente se esquece. Mas, se por acaso o visitante for ruim de memória, e não der a mínima, não tem problema, os moradores fazem questão de lembrarem do inquilino que um dia foi visitá-los. E, não pretendo estar com o nariz crescendo ao dizer que esta seja a marca registrada do lugar. Prova disso é a lista interminável de seminaristas, e (hoje padres) e de padres que continuam padres, que missionaram por lá: estiveram com o povo, rezaram com eles e, querendo ou não, entraram para a história daquele povo de lá. Muitos deles voltaram para rever amigos, recontar as histórias, sentar na praça, mas agora, na condição de homens da Igreja a maioria ainda não encontrou um tempinho e assim, reavivar a memória dos habitantes. Qual o motivo de tanta motivação? Para alguns é a famosa praça com suas árvores centenárias que rodeiam a matriz; já outros asseguram que são as galinhas de “pés duros”, que seduzem qualquer visitante, mesmo os que dizem fazer regime; outros ainda juram que é o cheiro de “antiguidade” que o lugar exala. Para mim é o conjunto, pois as particularidades do lugar são tantas, que cada visitante tem o direito de escolher um motivo para a sua afinidade com o lugarejo. Lugar centenário, mas que mantém grandes sentimentos religiosos. Um morador dizia que é o único lugar no mundo no qual os comércios e os bares, fecham as portas na sexta-feira da paixão. Particularmente pude presenciar a beleza que foi ter ficado com eles na celebração do tríduo pascoal de 2009. Momento de devoção e muitas rezas, o ápice da liturgia católica. Nem as chuvas que ameaçavam a todo momento foram capazes de afastar o pvo de momento ímpar de a comunidade receber Jesus Cristo glorificado, a nossa salvação. Os festejos do padroeiro em setembro, dizem, que só perde em numero de pessoas para a festa de São Francisco de Canindé. Muitos sente saudades do “queima”, casamento relâmpago que consistia em pedir em Impressionou-me demais o carinho que os conterrâneos têm por sua terra, algo que beira, no bom sentido, o ufanismo. Parece ate que todos são da mesma família e, mesmo para quem mora longe, ao chegar no distrito, é o mesmo que ter chegado mais um membro da família. Os que foram morar em outras terras, a exemplo da capital do estado, retornam á terrinha pelo menos uma vez a cada ano, na festa do santo do lugar: São Francisco. Por tradição? Não, é um dever. Uma forma de encontra forças para continuar tocando a vida.

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